Até breve.
“Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”
Por Srta. Pimenta Chic
A sexta-feira, como era de se esperar, foi pra lá de apimentada. Como de costume, fui tomar um choppinho com uma amiga para relaxar da correria da semana e o que não faltou foi risada no nosso encontro. Pra variar, tagarelamos sobre os meus assuntos preferidos: homem e sexo. Tem como falar de um sem associar ao outro?
Falamos sobre os nossos casinhos, comentamos sobre as aventuras sexuais e ela confessou que morria de vontade de conhecer casas de suingue. “Então será hoje!”, falei super animada para acompanhá-la, afinal, eu adoro! Pegamos um táxi rumo à Copacabana.
No meio do caminho, expliquei pra ela como funcionava. Como a casa só aceita a entrada de duas mulheres acompanhadas de um homem (ui, ménage!), liguei para um amigo super solícito nessas horas e que, claro, topou. Perfeito! Adoro o meu lado voyeur e estava doida para ver a iniciação da minha amiga. Bolsas no guarda-volumes, chavinha pendurada no pescoço, cartela de consumo nas mãos e entramos naquele ambiente de muita sensualidade e, claro, perversão. Sem identidades, sem vínculos, só vontade de ter prazer.
A casa tem dois andares. O de baixo funciona como uma boate normal. Músicas que são os hits do momento, um enorme bar e muitos casais. As mulheres, em sua maioria, de vestidos super decotados. Como diz uma amiga, “a gente sabe quando é a primeira vez de uma mulher quando ela está de calça jeans”. Regra número um das casas de suingue: vestidos ou saias. Quanto mais prática for a roupa, melhor será a noite.
Fomos ao banheiro e, enquanto aguardávamos na fila, uma moça estava à nossa frente. Era uma loira bem alta, num vestido prata cafona com um extravagante cinto. Quando ela entra no banheiro, pede para que uma de nós duas entre também, pois estava precisando conversar com alguém. Na dúvida – e na vontade de eliminar os chopps consumidos anteriormente no bar – entramos as duas.
Para minha total surpresa, ela perguntou que lugar era aquele. Estava numa “boate” na Avenida Prado Junior, em Copacabana, e seu cliente a levou para lá. Como assim? A dondoca estava no reduto de prostituição de Copa, cobrava R$ 300 pela hora com o cliente e sequer sabia que ali era uma casa de suingue? Faz-me rir. Mas, enfim...
No palco, um casal habituè do lugar estava bem à vontade: comandaram os shows dos strippers anônimos e ali mesmo transaram para delírio de quem assistia. Quem freqüenta a casa sabe que ninguém mexe com ela nem com ele. Mulheres, no caso, só são bem vindas pra uma brincadeira com ela – o que, no caso, aumenta ainda mais o tesão dele.
A coisa começou a pegar fogo e a pista esvaziava. Era hora de subir. Minha amiga estava tensa. Não sabia o que ia ver ou sentir. Com pouca luz, a atmosfera do segundo andar diminuía, a respiração ficava ofegante e os gemidos eram a principal trilha do local. Os casais estavam despidos. De tudo. De moral e de sentimentos, inclusive. Queriam sexo, prazer, atingir o máximo de orgasmo possível. E é difícil não conseguir.
Observávamos todas as posições. Algumas vezes, os casais convidam. É possível tocar e perceber a reprocidade do outro. Para nossa surpresa, reconhecemos a prostituta “indecisa e indefesa” pelo sapato numa cabine. O cliente, um senhor, tentava fazer valer o dinheiro gasto e parecia não ter muito sucesso.
Minha amiga, enfim, debutou. Dois minutos de conversa com o meu amigo e quando percebi lá estava ela aos beijos, depois sendo chupada por ele e, em seguida, de quatro. No sofá no meio do segundo andar, sendo observada por todos. E por mim. Devo confessar que assistir também dá muito prazer.
Desci. Para mim, aquilo era muito comum. Para ela, sem dúvida, era um grande feito e uma libertação. Passado algum tempo, ela desce suada e meio atônita. Fomos fumar. Ela precisava falar. Do lado de fora, um bonito casal dava umas tragadas e puxaram o assunto. Ela perguntou se a gente era um casal. Com um minúsculo e justérrimo vestido tomara-que-caia, ela tinha convencido o namorado a ir com ela em uma casa de suingue. Segundo a moça, era a primeira vez dos dois. Meu sexto sentido, que raramente falha, me dizia que ela gostava e freqüentava a coisa fazia tempo.
Fim de cigarro e pausa pra perereca respirar, subimos novamente. Estava muito mais cheio e barulho de tapas completavam o cenário. Numa das salas, era impossível saber quantas mulheres e homens se comiam. Era uma orgia declarada que fazia qualquer um que olhasse subir pelas paredes. Falando em olhar, procuro meu amigo e o encontro atracado com uma mulher, sendo admirados pelo namorado dela. Minha amiga pergunta se ele estava bem em ver aquela cena. Sem tirar os olhos dos dois, responde que ela estava se divertindo.
E vamos nós na nossa diversão! Ao espiar outras pessoas, sinto que uma mão subia pelo meu corpo e massageou meus seios. Era a minha hora, baby! Minha amiga também não demorou muito a partir para o segundo round. O ringue estava armado e as lutas tinham começado faz tempo. Só que, nesse caso, não tinha vencedor ou perdedor. Tinham pessoas que queriam gozar muito sem se preocupar com mais nada.
Foi sexo sem parar e com pessoas diferentes por muitas horas. Confesso que me preocupei um pouco como que minha amiga ficaria depois. Bobagem. Ela simplesmente a-d-rou! Pediu bis. Casas de suingue, onde é possível ter um, dois, três e mais, muito mais, é pra quem gosta de sexo em todas as esferas e posições. Sem se preocupar em trocar telefones ou fazer tipo. É só sacanagem. Pura sacanagem. Ah, sacanagem segura, que fique bem claro! É pra gemer à vontade, sentir várias pessoas em você, ser tocada por tantas outras. E deixar aquele momento ali quando chegar a hora de ir embora. Você sai leve, realizada, com a pele como um pêssego.
Andaram dizendo por aí que sexo faz bem pra saúde e evita a hipertensão. Casa de suingue, então, é longevidade a todo vapor na certa!
é um assunto que tem que ser bem discutido entre o casal, acho que cada um cada um,o importante é que o casal faça aquilo que eles tem vontade rsss bjsssss
ResponderExcluirAs pessoas são livres para fazer o que acham legal. Bjos Celinha
ResponderExcluirmuito interessante esse assunto.
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