quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Médicos condenam marquinha do biquíni


Não dá para saber quem vai estar entre os 5 mil novos casos de câncer de pele, projetados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o ano de 2012. Mas a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) já contabilizou que 63,53% da população brasileira, diariamente, correm o risco de integrar estas estatísticas.

A porcentagem é referente ao número de cidadãos que não se protege contra os raios solares. O sol em excesso é considerado um inimigo da pele, o primeiro passo para a doença. “E sabemos que mesmo quem passa protetor solar não faz isso de maneira adequada”, afirma Marcus Maia, coordenador da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele da SBD, responsável pelo levantamento.

“Então, até quem acredita estar protegido por causa do filtro, pode sofrer as consequências”, alerta. O verão é a temporada que mais coleciona exemplos de exposição de risco. Nas praias, nas piscinas e até nas lajes, os corpos – principalmente os femininos – ficam estirados, banhados pelo sol forte desde o início da manhã até o fim da tarde. Se o “ritual” já fere a recomendação de evitar os raios ultravioletas entre 10h e 16h repetida há anos pelos médicos, a marquinha do biquíni resultante após o processo também é a prova de que a proteção não foi adequada.

“Ficar vermelho e ardendo só mostra que a proteção falhou”, diz Maia.

Este indício é típico de quem quer recuperar a ausência de bronzeado nas outras estações do ano e fica estampado na pele de 55% dos banhistas após um dia de praia, conforme atestou outro estudo feito pela SBD.

Usar chapéu, óculos escuros e camiseta – até na sombra do guarda-sol – é o mais indicado para quem não quer ameaçar a saúde da pele. O bronzeado excessivo também seria missão impossível se a quantidade de filtro solar aplicada cumprisse as orientações – para uma pessoa de 70 quilos, são necessários 40 ml de filtro fator 30 por aplicação (os tubos mais generosos têm 120 ml, o que resulta em um pote por dia de sol).

Para os que ainda insistem em dizer que as marcas do verão são sinal de saúde, o dermatologista Marcus Maia diz que elas são mais indícios de negligência. Para legitimar suas considerações, os outros especialistas recorrem às pesquisas. Uma delas, feita pelo AC Camargo, mostrou que os acometidos pelo câncer de pele têm duas vezes mais risco de desenvolver outros tipos de câncer do que o restante da população. Um tumor do tipo melanoma é mais difícil de ser tratado e a cirurgia corretiva deixa cicatriz – esta sim, já sabida, uma marca que não vale à pena.

Um comentário:

  1. Ótimo post Daniella!
    Não gosto muito de tomar sol, pois sou bem clarinha, mas sempre que vou sair, não esqueço de um bom protetor solar.
    beijinhos e boas festas ;*

    http://noostillo.blogspot.com/

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